sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Batalha de Sarandi



Depois de ser promovido a Alferes, Osorio pretendia aprimorar a sua formação profissional se matriculando na Academia Real Militar para aprender Matemática e Ciências Militares. Todavia, este não conseguiu visto que todas as licenças foram canceladas devido ao início do movimento contra a ocupação brasileira na Cisplatina. Embora a incorporação da Banda Oriental ao Brasil tenha sido acordada em assembléia no ano de 1821, nunca fora assimilada pelos uruguaios.
Assim, em abril de 1825, Juan Antonio Lavalleja, o qual pertencera ao Exército português, partiu em direção a Cisplatina acompanhado por 33 uruguaios. Rapidamente, a eles se uniram grupos locais e, então, as únicas cidades ocupadas pelas tropas brasileiras, Montevidéu e Colônia, caíram sitiadas.
Em 25 de agosto de 1825, a assembléia de uruguaios declarava a Província da Cisplatina desligada do Império do Brasil. No mesmo ato, aderia às Províncias Unidas do Rio da Prata. Estas províncias não possuíam um governo central, pois se uniram na forma federativa. Uma das mais fortes províncias era a de Buenos Aires, graças a sua localização geográfica já que obrigava passar pelo porto de sua capital o comércio exterior argentino lhe permitindo monopolizar os impostos e garantir o poder econômico.
A primeira vitória significativa ocorreu em 25 de setembro de 1825, no Rincão das Galinhas, sob o comando de Rivera. Nesta batalha foram vencidos dois regimentos de milicianos gaúchos.
Enquanto isso, Bento Manoel Ribeiro, coronel brasileiro, sabia que Lavalleja se encontrava em Durazno, com a maior parte das forças inimigas. Se as tropas brasileiras as atacassem e vencessem antes que se unissem a Rivera, seria um grande golpe nos revolucionários. Para efetuar este objetivo, Bento Manoel marchou com 800 para Montevidéu e apresentou este plano ao general Lecor. O general aprovou e concordou em fornecer reforço da cavalaria, bem como algum da infantaria e da artilharia. Bento Manoel, sem sofrer oposição de Lecor, adiantou sua partida, visto que havia recebido um escasso reforço de 400 cavalarianos, entre eles o Alferes Osorio, mas nenhum de infantaria e de artilharia.
Conforme o planejado, os 1200 homens de Bento Manoel se encontraram com os 354 milicianos comandados por Bento Gonçalves da Silva e marcharam em busca de Lavalleja. Após atravessar o arroio Sarandi, encontraram com as tropas de Lavalleja, porém, este já havia incorporado a tropa a Rivera, de modo que seu contingente estava entre 2200 a 2400 homens.
Vendo a tropa brasileira, Lavalleja teve tempo para montar sua cavalaria e partir para enfrentar o inimigo. Assim, começa a guerra. Na batalha de Sarandi, segundo os cálculos do barão de Rio Branco, 575 brasileiros foram feitos prisioneiros, 730 se salvaram e os mortos não chegaram a 200. Os revolucionários tiveram 35 mortos e 90 feridos e se apossaram de material bélico brasileiro: mais de 2 mil armas de todas as classes, 10 caixões de munições e toda a cavalhada.
Osorio começou lutando pelo meio, porém, recebeu ordens de socorrer Bento Gonçalves e se dirigiu ao flanco direito, sendo cercado pelo inimigo. Quando Osorio furou o cerco, viu sair 2 cavaleiros atrás de si. Ele cavalgou velozmente em movimentos de zigzag, evitando ser derrubado pelas boleadeiras e pelos laços. Ao perceber que seria alcançado de qualquer maneira, Osorio que cavalgava com uma pistola na mão, deu um tiro para trás e acertou um dos cavaleiros que o seguia pela direita. Após livrar-se do segundo cavaleiro, o Alferes de se dirigiu a uma pequena cratera onde se encontrava Bento Manoel, o qual tentava apertar os arreios de seu cavalo para poder monta-lo, enquanto o inimigo se aproximava. Formou ali uma pequena resistência com alguns soldados, dando tempo para que seu comandante montasse e se salvasse.
Mais tarde, quando marchavam em direção a Santana do Livramento, Bento Manoel, ainda impressionado com a coragem de Osorio, lhe disse: “Hei de deixar-lhe minha lança quando eu morrer, porque você a levará mais longe que eu.”
Em 25 de outubro de 1825, o Congresso Argentino declarou a incorporação da Banda Oriental às Províncias Unidas do Rio da Prata.
Postado por: Mariana Toni / Texto elaborado por: Mariana Toni

Fontes utilizadas para pesquisa: General Osorio por Francisco Doratioto, Os Patronos das Forças Armadas por General Olyntho Pillar e OSORIO Síntese de seu perfil histórico por J.B. Magalhães, http://www.osorio.org.br/sarandi.htm.

3 comentários:

Gravina disse...

Caros alunos
Vocês devem desenvolver o blog tendo em vista os critérios de avaliação estabelecidos. Lembrando os pontos importantes: criatividade, estrutura, links, produção individual e expressão do pensamento analítico-crítico.
Alguns comentários e sugestões com o objetivo de contribuir para o bom desenvolvimento do blog (não encarem apenas como críticas!):
- A estrutura inicialmente apresentada para as postagens está boa, mas muito extensa. Abordem menos assuntos e procurem dar a contribuição de vocês de uma forma mais original. Não se restrinjam a colocar, com pequenas modificações, textos produzidos por outros.
Procurem abordar alguns dos temas mais interessantes e diferentes como profissões , armamentos, medicina e ciência na época.
- Não dá para colocar a estrutura do blog no início? Está muito confuso, pois quem abre o blog entra na batalha de Sarandi, completamente fora de seu contexto
- Está bom o texto sobre os fatos que antecederam Osório, mas por que não colocar um mapa da região assinalando os pontos importantes?
- Pela cronologia em sua primeira guerra Osório tinha 13 anos! Isto não merece um comentário? Falta no blog a contribuição original de vocês.
- Todos vocês leram tudo que está escrito no blog? Tentem fazer isto! Dá para ler tudo? Não tem muita informação irrelevante?
- Curiosidade: o que significa um “campo de goles”?

Continuem o trabalho!

paulo.desenhista@hotmail.com disse...

- Parabéns aos responsáveis pelo blog, pela iniciativa de resgatar a memória dos personagens históricos do Brasil. Aproveito para informar a todos os interessados que sou artesão e confecciono brasões em madeira entalhada, visitem o meu blog e vejam amostras dos meus trabalho: www.pauloabreudesenhista.blogspot.com

paulo.desenhista@hotmail.com disse...

-Parabéns pela iniciativa de resgatar a memória de um personagem da nossa história. Sou artesão e confecciono brasões entalhados em madeira. Conheçam o meu trabalho em : www.pauloabreudesenhista.blogspot.com