segunda-feira, 28 de julho de 2008

O ingresso de Osorio no Exército

Osorio partiu com o pai para Montevidéu, e assentou praça em 1º de maio de 1823, na Legião de São Paulo, milícia que participava do bloqueio em Montevidéu. Faltando apenas 10 dias
para completar 15 anos, a idade mínima legal para se alistar, exigência a qual era às vezes contornada pela falta de soldados, o jovem sem nenhuma experiência militar se
viu participando de operações de guerra juntamente com seu pai e outros soldados experientes.
Dias mais tarde, ocorreu seu batismo de fogo em um combate contra cavalarianos portugueses no arroio Miguelete. Houve troca de tiros, e um cavalariano brasileiro que estava ao seu lado caiu morto, a bala, depois de atravessar seu corpo, bateu na cabeça do cavalo de Osorio que caiu aos seus pés, em lugar de atingi-lo.
Após um acordo com Lecor, as tropas de Álvaro da Costa se retiraram para Portugal e Montevidéu ficou de posse brasileira.
Em 1º de outubro de 1824, Osorio foi declarado primeiro cadete, permanecendo na arma de cavalaria. Esse era o passo principal para o oficialato, que era reservado para filhos de oficiais.Como toda a organização militar brasileira da época, a prática tinha origem na metrópole portuguesa, onde somente os filhos da nobreza podiam se tornar cadetes. Para formas oficiais havia a Real Academia Militar, criada em 1810, mas nela eram apenas fornecidos os cursos de engenharia e artilharia; na década de 1830, em número diminuto, ela passou a formar oficiais de cavalaria e infantaria. Dois meses após ser nomeado cadete, Osorio foi promovido a alferes, primeiro posto do oficialato. Foi enviado para a 2ª Companhia do 3º Regimento de Cavalaria do Exército profissional, chamado de 1ª linha por ser o primeiro a atacar o inimigo.Após receber o consentimento do pai, retomou o processo de estudo e obteve licença para cursar a Academia Militar, no Rio de Janeiro. Porém, quando estava pronto para embarcar para a Corte, chegou uma ordem cassando sua licença devido ao inicio de um movimento contra a ocupação brasileira da Cisplatina.

Postado por: Mariana Toni/ Texto elaborado por: Mariana Toni

Fontes utilizadas para pesquisa: General Osorio por Francisco Doratioto, Os Patronos das Forças Armadas por General Olyntho Pillar e OSORIO Síntese de seu perfil histórico por J.B. Magalhães.

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