Por quase dois séculos a região que compreendia as margens dos rios da Prata e do Uruguai ficou despovoado. Esse despovoamento em parte se devia ao fato dos espanhóis estarem instalados nos altiplanos andinos, fartos de prata, e também porque os portugueses tinham dificuldade em subir a serra, pois precisavam se manter no litoral defendendo-o por ser constantemente assediado por corsários europeus. A região Sul de Santa Catarina, de acordo com o Tratado de Tordesilhas (1494), pertencia à Coroa espanhola, porém no século XVII, atraiu o interesse de bandeirantes que procuravam se apossar da mão de obra indígena das reduções jesuíticas, na margem oriental do rio Uruguai. Os religiosos então se retiraram com os índios para a outra margem, abandonando o gado que criavam. Nesse mesmo período de tempo, a Coroa portuguesa se interessou em ampliar as fronteiras coloniais até a margem oriental do estuário do rio da Prata. Em 1680, os portugueses criaram uma colônia fortificada em Sacramento, na margem oriental do rio da Prata, de fronte ao porto de Buenos Aires, localizado na margem ocidental, facilitando assim o contrabando que ali escoava e também para marcar presença no rio da Prata, limite geográfico brasileiro que desde sempre foi um dos mais ambicionados.Sendo assim, criou-se uma área em que tratados não evitavam a oscilação da linha de fronteiras, e o clima de quem ali vivia era de permanente guerra. Apesar dos confrontos, as pessoas foram se instalando. Os de origem espanhola, mais facilmente, pois contavam com a ajuda dos jesuítas espanhóis e de seus índios aldeados que se tornaram pacíficos. Para promover a ocupação do território gaúcho, a Coroa portuguesa concedeu, a partir do século XVII, permissão legal para o uso de terras para tropeiros que se propunham a criar gado e ex-militares que se tornavam estancieiros. Em Santa Catarina, os imigrantes açorianos desciam as praias atraídos pela pesca, atividade tradicional nas ilhas dos Açores.Portanto, no final do século XVII, começaram a surgir estâncias e povoados nessas regiões.
Postado por: Mariana Toni/Texto elaborado por: Mariana Toni
Referências bibliográficas: General Osorio por Francisco Doratioto, Os Patronos das Forças Armadas por General Olyntho Pillar e OSORIO Síntese de seu perfil histórico por J.B. Magalhães.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário